Texto: Luciana Bender/ Fotos: Divulgação
O mercado editorial está ainda mais aquecido com o término da
trilogia dos Cinquenta tons de cinza.
São muitos os títulos que estão sendo lançados ou relançados para entrar nessa onda
e abocanhar uma fatia do mercado erótico que vem conquistando muitas mulheres e
alguns poucos homens.
Depois de ler o Cinquenta tons e o Toda sua, resolvi
apostar no Falsa Submissão, de Laura
Reese. A primeira coisa que pude notar foi a reformulação feita em sua capa,
agora ainda mais parecida com a proposta da editora Intrínseca quando adotou a
gravata cinza como capa para o seu best seller. Nesse, a Record apostou em um
fecho de cinto ou de tornozeleiras que são afixadas na cama.
Achei que essa trama poderia ser melhor que a de Grey, mas
estava muito enganada. Nele Nora começa a se envolver com M, suposto assassino
de sua irmã, Franny, encontrada morta após passar por um ritual sadomasoquista,
com o intuito de descobrir seu verdadeiro assassino, mistério não desvendado
pela polícia.
A princípio parece interessante, mas com o passar da leitura
percebemos que Nora cede muito rápido aos encantos de M e deixa de lado seus
ideais e sua busca por vingança. O sexo de fato é muito mais intenso que no
romance de E. L. James, no entanto, a inventividade de Reese vai muito além de
um contrato, chegando a sessões de escarnificação (cortar a pele) e outras
coisas que prefiro deixar que vocês leitores imaginem.
As primeiras páginas são bem tediosas e quase desisti de
terminar essa leitura, ainda mais porque já sabia qual seria o final. Resolvi
dar mais uma chance à autora e me desapontei. Ela pretende segurar a trama
apenas com esses rituais macabros e cada vez mais dominadores de M, que coloca
Nora como submissa o tempo todo, impedindo-a de manifestar suas vontades e
anseios. Apenas ele dá as ordens.
Enfim, relembrando meu título, ninguém ficará órfã de Cinquenta Tons de Cinza, a todo o
momento novos livros com essa temática chegam às livrarias para saciar a mulherada
e, ao que tudo indica, público não vai faltar.