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sexta-feira, 6 de julho de 2012

“Janeiros... Pirou Jussara? Pendurar a Vovó no Banheiro?"

Mudei-me de Taboão da Serra e da bacia do Pirajuçara, onde era vizinho do córrego Poá faz aproximadamente um ano, hoje resido na bacia do Rio Cotia, bem próximo do Córrego de Caucaia do Alto, mas meus amigos e 21 anos de vida ainda estão lá pertinho do córrego Pirajuçara e ainda me interesso mais pelos problemas urbanos de lá do que os problemas da bacia em urbanização de cá.

Pois bem, passeando pelo reader encontrei em um dos blogs taboanenses que acompanho a divulgação dessa peça teatral de um coletivo que infelizmente não conhecia ainda, mas que de hoje em diante passarei a frequentar (em outubro estreará uma peça sobre Darwin imperdível!).

Dia 16 de junho estava na Rua Augusta, no coração da metrópole paulista com amigos fazendo trabalho da faculdade quando lembrei da estréia da peça e fui para Taboão encontrar companhia para mais esse rolê cultural.

Eu tinha mais do que a motivação da arte teatral em si, tenho um carinho e preocupação enormes pela bacia (que quase foi tema do meu trabalho de graduação, mas por "n" motivos acabei realizando um estudo de caso na bacia do córrego Jurubatuba em São Bernardo do Campo) e ainda trabalho com projetos de controle de inundações. Logo, era quase que obrigação estar presente nessa peça.

Não vou ficar resenhando o espetáculo, pois o David da Silva já o faz muito bem abaixo. Sei que saímos do teatro rindo muito das situações cômicas/trágicas apresentadas e ainda com um martelinho batendo uma pergunta incessantemente em nossas cabeças: "quando isso tudo vai mudar?".

Em uma passagem da peça são citados todos os prefeitos da cidade de São Paulo que se comprometeram em algum momento de suas campanhas a resolver os problemas das inundações e todos sabemos o resultado de suas promessas.

Só que esse problema não será resolvido pelos governantes através de canalizações ou piscinões, da maneira que muitas pessoas pensam, . Todo rio tem seu leito de cheia e enquanto as pessoas morarem nas áreas de preservação como os fundo de vale (muitas vezes em cima do rio) ou em topos de morro haverá risco. Será através de medidas não-estruturais para controle do uso e ocupação do solo com redução das áreas impermeáveis na bacia e políticas habitacionais/ambientais eficientes que muitas famílias não precisarão mais pendurar a vovó no banheiro.

Boa leitura e bom espetáculo a todos!

@alvarodiogo "Compartilhe suas ideias"
http://www.ideianossa.blogspot.com

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Texto: Bar e Lanches Taboão/ Foto: Divulgação



Drama das enchentes vira comédia no Teatro Encena

 Manifestação contra as enchentes tumultua casamento. Foto: Wagner Pereira 
Fazendo graça já no título com o nome do córrego, “Janeiros... Pirou Jussara? Pendurar a Vovó no Banheiro?”, de Gilberto Amêndola, reflete com humor cáustico o drama das comunidades vitimadas ano a ano pelas enchentes.
A produção do espetáculo se baseou em depoimentos de moradores vizinhos aos córregos da região, e em notícias de jornais que estampam há décadas as mesmas manchetes sobre transbordamentos.

Segredo evidente
O segredo do sucesso das montagens da Cia. de Teatro Encena é bem evidente. Aquela é uma trupe unida pelo amor. Certa feita levei duas amigas àquele teatro. No dia seguinte a atriz Lídia Sant’anna me perguntou se elas tinham gostado do lugar. “Quando vai gente nova lá, eu fico querendo que elas gostem. É como se elas estivessem indo na minha própria casa”, justifica Lídia.
Na semana passada meu amigo Beline Prado foi ver a peça. Como não sabia a localização exata do teatro, perguntou a um morador de rua. “Você vai no casamento?”, disse o mendigo. “Não, eu vou num teatro que tem por aqui”, retrucou Beline. “Pois então. Você vai no casamento. É alí”, apontou o morador de rua.
Isto mostra que o objetivo dos artistas foi atingido. A peça já entrou na alma do povo.
Vá assistí-la neste sábado, e você também ficará sabendo o por quê.


Quando? Todos os sábados até 29 de setembro
Horário? Às 20h30
 Preço? Entrada franca!
Janeiros... Pirou Jussara? Pendurar a Vovó no Banheiro?
De Gilberto Amêndola. 
Com: Cadu Camargo, Claudio Bovo, Fernanda Garcia, Flavia D´Álima, Jeff Mendes, Orias Elias, Sylvia Malena, Thânia Rocha, Walter Lins, e Zu Vieira.



Teatro Encena
Rua Sargento Estanislau Custódio, 130
Fone: 2867-4746

Um comentário:

George Ruchlejmer disse...

Quer introdução mais "hidráulica" do que "Mudei-me de Taboão da Serra e da bacia do Pirajuçara, onde era vizinho do córrego Poá faz aproximadamente um ano, hoje resido na bacia do Rio Cotia, bem próximo do Córrego de Caucaia do Alto"

Rsrs, fui convidado para participar, pena estar conturbado nesta metrópole que vos fala...

A idpeia da peça é sensacional, aproxima os espectadores dos prefeitos que os representam.

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