--- Frase de Agora! ---
"A água é para os escolhidos
Mas como podemos esperar que sejamos nós..
... eu e você?"

Máquina do Tempo: Vaga Viva do Coletivo Ideia Nossa. A única vaga viva do lado de cá da ponte =) Vaga Viva do Ideia Nossa

Destaque da Semana: Onde está o sol que estava aqui?
Ladrões de sol, crise hídrica e êxodo rural

sábado, 29 de novembro de 2008

Cordel do Fogo Encantado - Pedra e Bala



Juntem...
As forças pra seguir nessa jornada... na na na na!...
Busquem...
As forças pra lutar na sua própria batalha... na na na na!...

A poeira subiu de ambos lados
Arames farpados olhos e punhos fechados, cerrados
A face marcada pela mesma vida seca como a terra, rachada
Uma sombra densa e pesada eclipsando o que há de melhor na sua alma
O verdadeiro terror mais sufocante que o calor, eu disse:
"Essa é a sua jaula"

Os desertos se encontram de várias formas
Seja no espírito no solo ou na mente através de idéias tortas
Que produzem gente morta em escala industrial

Guerra pela terra a pedra contra o tanque
Guerra altera a terra nada será como antes

Na inverção dos papéis do pequeno Davi contra Golias, o Gigante
Como os barões das mega-corporações
Gigante como o coronelado dos grandes e pequenos sertões
Como os vários e vários e vários ubiratans
(ubiratans...)
Com seus sanguinários batalhões
(É pedra e bala rasga o peito)
Que na sua prepotência
(De quem passa, passa sem destino)
E ignorância bélica
Não conseguirão perceber a força que a chegada certeira, daquela pedra

Juntem...
As forças pra seguir nessa jornada... na na na na!...
Busquem...
As forças pra lutar na sua própria batalha... na na na na!...

Um beijo seco no portão do teu ouvido
Quebrando cercas pra chegar, na nossa mira
A pedra curte, a bala corre e voa
A pedra fura, bala transpassa
A bala é quente e a pedra é pura como um gole de cachaça
Velho como teu projeto louco
Forte como quem chora de medo

Guerra pela terra
A pedra contra o tanque
Guerra altera a terra nada será como antes
Escuto em alto falantes aquele som de cimento dessa muralha sem fim

Desejo a pedra e a bala
E a santa paz fora do jogo
Pois o que fala alto é pedra e bala
(Pedra e bala)
Naquela praça onde as crianças brincam
(Sol, poeira)
Naquele prédio perto das estrelas
(De pedra e bala)
Naquele circo no qual quando chove não há espetáculo

segunda-feira, 24 de novembro de 2008

Mägo de Oz - El Árbol de la Noche Triste

Hoy la soberbia hizo violar tu valor
Y la avaricia lamió tu deshonor,
Cuanto duele sentir
Que uno esta perdido,
Que la amargura se folló a tu destino,
Quítale la ropa interior al dolor
Desnúdate Cortés y dime ¿qué ves?,
¿Dime que ves?.

Se excita la venganza al ver la erección,
Que te produce la idea de otra invasión,
Creíste tener el mundo a tus pies,
Y lloras tu derrota lamiéndote,
Recuerda lo que aquí un día perdiste
Yo soy el Árbol de la Noche Triste.

Sé que tu llanto servirá
Tarde o temprano,
Para no esclavizar jamás
Al ser humano.

Sé que tu llanto servirá
Tarde o temprano,

Llora un quetzal y al tiempo
Rugen lo ríos y el viento
A un colibrí ordena ¡Vete a buscar!

Donde Gaia se esconde
Que ordene al horizonte
Que eyacule un volcán.

Quítale la ropa interior al dolor
Desnúdate Cortés y dime,

Sé que tu llanto servirá
Tarde o temprano,
Para no esclavizar jamás
Al ser humano.

Sé que tu llanto servirá
Tarde o temprano,
Para no esclavizar jamás
Al ser humano. noo!!!

[TRADUÇÃO]

Hoje a soberba fez que violasses teu valor
E a avareza lambeu tua desonra,
Quando dói sentir
Que alguém está perdido,
Que a amargura estragou o teu destino,
Tira a roupa interior da dor
Despe-te Cortés e diz-me o que vês?
Diz-me o que vês?

Se excita a vingança ao ver a ereção,
Que te produz a idéia de outra invasão,
Creste que tinhas o mundo aos teus pés,
E choras tua derrota lambendo-te,
Lembra do que aqui um dia perdeste
Eu sou a Árvore da Noite Triste

Sei que teu pranto servirá,
Tarde ou cedo,
Para não escravizar jamais
O ser humano

Sei que teu pranto servirá,
Tarde ou cedo,
Para não escravizar jamais
O ser humano

Chora um quetzal e ao tempo
Rugem os rios e o vento
A um beija-flor ordena: Vai buscar!

Onde Gaia se esconde
Que ordene ao horizonte
Que ejacule um vulcão

Tira a roupa interior da dor
Despe-te Cortés e diz-me

Sei que teu pranto servirá,
Tarde ou cedo,
Para não escravizar jamais
O ser humano

Sei que teu pranto servirá,
Tarde ou cedo,
Para não escravizar jamais
O ser humano

Sobre La Costa del Silencio

O mar cuspia um lamento
Tão tênue que ninguém ouvia-o
Era uma dor tão profunda
Que toda a costa morreu

O mar esta morrendo, e com ele toda a sua fauna. Não é a toa que chamamos de planeta azul, o mar é o principal responsável para que tudo funcione corretamente, para que a temperatuda do planeta seja distribuída em todos os continentes pelas suas gigantescas correntes marítimas. Dele surgiram os primeiros organismos e quem sabe, nós mesmos!

Tudo morre ao nosso redor enquando nos "cantam" (vendendo, comprando, consumindo, desgastando !) para espantar de um dia não ter mais onde viver. Cegos pela gânancia e ambição, como ja comentado pelo Talaio, as pessoas esquecem do mundo e da escassez de matéria prima, enquanto isso Gaia agoniza.

Venham gente...venham comigo ! ... se ainda existe amor aí dentro de ti, me ajude a salvar o mar... o mundo ... a Gaia !
sei que no fundo todos queremos concertar tudo isso, e é aí, no seu interior que se encontra a solução.. a vontade de acertar as coisas.

E uma gaivota, contam, que decidiu
Num ato suicida sacrificar-se no sol
Ri desprezos um barco que encalhou
E sangra em sua cama: o mar!

Este conto nós já conhecemos, ou já ouvimos falar pelo menos, Ícaro! o filho de um homen agora condenado que ganhou asas para voar e fugir das ignorâncias humanas, pois é, e ao ver la de cima, até mesmo ele se decepcionou com a humanidade.

um pouco de mitologia para este estrofe:
Na mitologia grega, Ícaro (grego: Íkaros, língua etrusca: Vicare, alemão e inglês: Ikarus) ficou famoso pela sua morte por cair no Egeu quando a cera segurando suas asas artificiais derreteu.

Ícaro era filho de Dédalo, um dos homens mais criativos e habilidosos de Atenas. Um dos maiores feitos de Dédalo foi o labirinto do palácio do rei Minos de Creta, para aprisionar o Minotauro. Por ter ajudado Ariadne, a filha de Minos a fugir com Teseu, Dédalo provocou a ira do rei que, como punição, ordenou que Dédalo e seu filho fossem jogados no labirinto.

Dédalo sabia que sua prisão era intransponível, e que Minos controlava mar e terra, sendo impossível escapar por estes meios. "Minos controla a terra e o mar", teria dito Dédalo, "mas não as regiões do ar. Tentarei este meio".

Ícaro deslumbrou-se com a bela imagem do Sol e, sentindo-se atraído, voou em sua direção esquecendo-se das orientações de seu pai, talvez inebriado pela sensação de liberdade e poder. A cera de suas asas começou rapidamente a derreter e logo caiu no mar. Quando Dédalo notou que seu filho não o acompanhava mais, gritou: "Ícaro, Ícaro, onde você está?". Logo depois, viu as penas das asas de Ícaro flutuando no mar. Lamentando suas próprias habilidades, enterrou o corpo numa ilha e chamou-a de Icaria em memória a seu filho. Chegou seguro à Sicília, onde construiu um templo a Apolo, deixando suas asas como oferenda.

....

- Hey .... você, tem amigos que também pensam assim ?
- Eu ?
- Você !! ééé... coontigo que estou a falar, o que você quer ???
- ....
- Não ve o que acontece ? Nós precisamos de uma revolução! FAÇAMOS uma revolução, vamos... agora!
- Sim, vamos !
- Que nosso líder seja o sol, que um exército de mariposas impetuosas e lutem contra nossos inimigos!
- E que em nome de Gaia, façamos compreenderem o significado de uma rosa em lugar a suas espadas e armas.
- E quando cançar-te, olhe ao vento, ele o ajudará pois ele aqui está o tempo todo.

vamos ?

¡¡¡¡¡¡¡¡¡¡¡Aaaaaaaaaah!!!!!!!!!

¡¡¡¡¡¡¡¡¡¡¡Quiero oir tu voz!!!!!!!!!!!


(obs: a tradução de:
Ah!, mientras te quede aliento
Ve a buscar con el viento
Ayuda, pues apenas queda tiempo...
ficou meio estranho, não deu o verdadeiro sentido da coisa... eu não vou saber traduzir com as melhores palavras, mas o significado expresso é que, quando você precisar de fôlego, procure ao vento, ele lhe ajudará porque está presente todo o tempo!)

A AMAZÔNIA NÃO É O PULMÃO DO MUNDO

Chico Mendes morreu. Foi morto. E esta morte gerou um fato novo. Não foi o primeiro assassinato deste a ocorrer. Centenas, talvez milhares de pessoas já morreram em atentados semelhantes. Os próprios auxiliares do Chico, quase todos já foram mortos. Mas, pela primeira no mundo, o assassinato de uma pessoa tão humilde, vivendo em um lugar tão remoto, teve uma repercussão tão grande em nível internacional. Na europa e nos Estados Unidos a morte de Chico foi notícia até em jornais regionais, de pequenas aldeias. Mesmo na imprensa brasileira a repercussão foi maior do que o usual. Quando me telefonaram, uma hora depois da morte do chico, pensei no que fazer para que ela não fosse em vão, e tivesse a maior repercussão possível. Mas não foi necessário fazer nada. Desde o dia 23 de dezembro até hoje não houve um único dia em que a imprensa deixasse de mencionar o fato. O que demonstra a consciência que existe em todo o Planeta sobre a importância do que está acontecendo na Amazônia. Neste sentido a morte de Chico não terá sido em vão.

Pessoalmente, tive poucos contatos com ele. Nos encontramos em diversos congressos de meio ambiente, principalmente sobre Amazônia, e só nestes momentos pudemos conversar. Mas consegui, através de minha Fundação, uma verba para ajudá-lo. Chico era muito pobre e precisava passar longos períodos trabalhando na floresta, nos seringais, quando seria mais útil trabalhando pela desta floresta e dos seringais. Por isto, consegui uma verba mensal para ajudá-lo a sobreviver, sem precisar passar este tempo nos seringais. Agora estou gestionando junto a uma fundação americana para que ajude sua família, que ficou sem nada. Basta lembrar que a casa do Chico era um casebre de madeira, e que ele foi morto quando ia tomar banho, no banheiro que ficava fora do corpo da casa. Vejam como uma pessoa humilde pode se tornar importante na luta por uma causa mundial. Porque a luta pela preservação da Amazônia interessa a todo ser vivo deste Planeta.

Isto pode ser explicado em dois níveis, começando pelo biológico. As grandes florestas tropicais úmidas, na Amazônia, África, Indochina, Ìndia, Malásia, Filipinas, Indonésia, Nova Guiné e norte da Austrália são os ecossistemas mais complexos e ricos de vida de todo o Planeta. Ninguém sabe o número de espécies que existe ali. Cerca de 70% das espécies de vida da Terra vivem nestas florestas. Da maneira como são destruídas hoje, estamos apagando da face da terra milhares, senão milhões de espécies. Se amanhã desaparecesse a girafa, a zebra, o hipopótamo ou a baleia, isto seria manchete em todos os jornais do mundo. No entanto, cada vez que se derruba uma grande área da floresta amazônica, desaparecem dezenas, talvez centenas de espécies de animais e plantas menores. São insetos, aranhas, pequenos invertebrados, pássaros, répteis e mesmo pequenos mamíferos que desaparecem para sempre. Por que a floresta tem uma barbaridade de endemismos, ou seja, espécies endêmicas, que ocorrem somente em uma pequena região e em nenhum outro lugar do mundo. No momento em que o ecossistema desta região é destruído, aquela espécie também desaparece. Uma espécie que desaparece não volta jamais. Extinção é para sempre. Não só a Terra, mas o próprio Universo fica mais pobre. Então as pessoas que têm um mínimo de sentimento, um mínimo de sensibilidade, se preocupam com isto. Para estas pessoas, tais motivos são suficientes para que se preservem as florestas.

Infelizmente, são poucas as pessoas sensíveis a isto. Então tenho abandonado esta argumentação em favor de outra. Quem entende a importância deste processo biológico já está do nosso lado, e de nada adianta ficar pregando para convertidos. Precisamos de decisões, decisões imediatas, e estas só podem vir dos governantes, dos tecnocratas. Entre estes, infelizmente, idealistas são exceção, e o conhecimento científico, raro. Por isto precisamos de outro tipo de argumentaão, que sacuda com as suas convicções. Este é o argumento climático. È comum ouvirmos as pessoas dizerem que a Amazônia é o pulmão do mundo. Muitos tecnocratas usaram esta expressão para contra-argumentar que a Amazônia consome toda a quantidade de oxigênio que produz, logo não pode ser o pulmão do Planeta.

Existe aí um duplo equívoco. O pulmão consome, e não produz oxigênio, ao contrário do que pretendem os que utilizam esta imagem para dizer que a Amazônia é uma espécie de fábrica de oxigênio. Mas ela também está incorreta sob outro ponto de vista. Se a floresta, ou qualquer outro ecossistema, produzisse mais oxigênio do que consome, a concentração deste gás na atmosfera terrestre estaria em constante aumento. E isto não acontece. Pelo que sabemos, desde que houve a primeira transformação da atmosfera inicial, que era reduzinte, para uma atmosfera oxidante (dois e meio ou três bilhões de anos atrás), os níveis de oxigênio mudaram muito pouco.

A vida surgiu em uma atmosfera bem diferente da atual. Não havia oxigênio na atmosfera. Era uma atmosfera reduzinte, ou seja, que não oxidava as coisas. Naquele período ferro não se oxidava, ficava apenas preto. Hoje, ferro oxida, fica marrom, se degrada. Naquela atmosfera primordial predominavam gases como o metano, o gás carbônico e o amoníaco. Quando a vida produziu o fenômeno da fotossíntese, que tem como subproduto o oxigênio, este aos poucos foi oxidando o amonìaco, o gás carbônico, o metano, e deu origem a esta atmosfera que temos hoje, com uns 79% de nitrogênio, 20% de oxigênio e apenas um por cento de outros gases. Desde que a fotossíntese transformou aquela primeira atmosfera na segunda, as coisas têm se mantido estáveis durante cerca de dois e meio ou três bilhões de anos. Se não fosse assim, a vida teria acabado há muito tempo.

Se a concentração de oxigênio fosse mais baixa, os animais acabariam morrendo, porque precisam dele para viver. Se fosse mais alta, e em vez de 20% tivéssemos entre 25% e 30% de oxigênio na atmosfera, seria também o fim da Vida na superfície do Planeta. Uma concentração destas permitiria a uma árvore queimar em dia de chuva. O primeiro relâmpago acabaria com todos os ecossistemas. Veja, portanto, que a Vida neste Planeta é uma coisa bastante equilibrada, que mantém as condições propícias à sua própria existência.

Isto é a base do conceito Gaia.

As florestas tropicais úmidas, que antes da devastação das últimas décadas totalizavam algo em torno de nove milhões de quilômetros quadrados (mais da metade do continente americano), foram importantíssimas neste processo de manutenção das condições de vida do Planeta. Elas não foram o pulmão, como se dizia, e sim uma colossal bomba de calor. O que é "bomba de calor"? O refrigerador e o ar condicionado são bons exemplos. O primeiro tira o calor de seu interior e o dissipa do lado de fora. O ar condicionado pode tanto tirar calor da peça e jogá-lo para fora, quanto tirá-lo de fora e jogá-lo para dentro. A floresta tropical úmida é um colossal aparelho de ar condicionado, que regula a temperatura do Planeta. Há pouco tempo eu estava fazendo uma palestra no Canadá, quando um estudante perguntou como a floresta tropical úmida sobreviveu à Idade Glacial. A maioria das pessoas imagina que durante as Idades glaciais, que duraram milhares de anos cada uma (foram quatro), o Planeta inteiro ficou gelado. Nada disto! O gelo avançou na Europa, na Sibéria, na América do Norte, e um pouco aqui no sul da Argentina e da Austrália. Mas as temperaturas no Ecuador continuaram as mesmas. No auge dos períodos glaciais, quando o norte da Europa e o Canadá estavam cobertos por dois ou três quilômetros de gelo, as temperaturas nas regiões de Manaus ou Belém eram as mesmas de hoje. Os cinturões tropicais, estes sim, ficaram mais estreitos.

Imaginemos que no lugar da floresta tropical úmida houvesse um Saara. O deserto refletiria a maior parte da energia solar que ali incidisse de volta ara o espaço. Esta energia se perderia para o Planeta. Hoje, ao contrário, existe ali a floresta tropical úmida, que tem uma fantástica evapotranspiração. O que que dizer isto? É a soma da evaporação e da transpiração. O professor Salati, climatologista da Universidade de Piracicaba, que se aprofundou nesta questão, quando estava no INPA (Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia), em Manaus, fez um grande estudo sobre o ciclo da água das chuvas da região. Colhendo amostras e comparando isótopos de hidrogênio e oxigênio, ele podia determinar exatamente de onde vinham as amostras de água da chuva, se do oceano ou de diversos processos de reciclagem. Com estes estudos, ele demonstrou que, das chuvas que caem na Amazônia, cerca de 75% são devolvidas à atmosfera em menos de 48 horas e formam novas chuvas. 25% desta água nem chega até o chão: voltam ao mar, ainda evaporando parte no caminho. Os outros 50% são bombeados pela planta no subsolo para a copa, e devolvidos à atmosfera pela transpiração.

Vamos visualizar a floresta amazônica, com o Atlântico a leste e os Andes a oeste. Os ventos alíseos trazem as grandes massas de nuvens baixas, a cerca de 800 metros, e as primeiras nuvens ocorrem já no litoral. Salati demonstrou que esta chuva, quando chega à encosta dos Andes, já desceu e subiu cerca de seis ou sete vezes. Isto resulta numa gigantesca troca de energia, que é depois distribuída pelo Planeta inteiro. Ora, se ali tivéssemos um deserto, os ventos ascendentes originados do aquecimento do solo nu dissipariam as nuvens logo após a primeira chuva. A floresta, ao contrário, absorve a energia solar e a utiliza para evaporar e condensar água, fazendo uma fantástica reciclagem que vai da costa atlântica até os Andes. Segundo Salati, a energia envolvida neste processo, sobre quase cinco milhões de quilômetros quadrados de floresta, corresponde à energia de dezenas de milhares de bombas atômicas por dia! Isto é uma gigantesca máquina de transmissão de energia.

Hoje existem instrumentos fantásticos, que nos permitem ver o globo em sua totalidade. Se formos ao INPE (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais), em São José dos Campos, ou até a NASA, nos Estados Unidos, podemos ver no monitor dos computadores a imagem do Planeta como um todo, com a Amazônia ao centro, e todo o deslocamento destas massas de nuvens. Nestes mesmos monitores vemos que, ao chegarem aos Andes, estas massas de ar se dividem em duas correntes. Uma vai para o Sul, atravessando toda a parte central do Brasil, chegando até aqui e entrando Patagônia adentro. Nosso clima no Sul depende muito da Amazônia. A outra corrente vai para o Norte. Toca a costa oriental dos Estados Unidos e entra até a Escandinávia e Europa Central.

Nestas imagens se vê quanto o clima da Europa, Sibéria e aqui da América do Sul depende em grande parte da Amazônia. Desde que temos esta visão global do Planeta, ficou bem clara a importância da Amazônia, e de todas as outras florestas equatoriais úmidas que ainda restam para a regulagem do clima mundial. Ao mesmo tempo que fica cada vez mais clara a fragilidade do processo todo.

Nestes últimos congressos sobre clima, em Toronto e Hamburgo, onde se reuniram centenas de climatólogos de todo o mundo, todos reconheceram que as irregularidades climáticas que estão afetando o Planeta inteiro nestes últimos dez ou quinze anos são as primeiras manifestações do efeito estufa, provocado pela civilização industrial. Mas, por outro lado, e foi isto que me chocou nestes congressos, estes cientistas continuam a fazer extrapolções lineares. Uma vez que o efeito estufa está aumentando, elevando a temperatura do Planeta, eles extrapolam a situação atual e afirmam que, nos próximos 40 ou 50 anos, a Terra vai ficar de quatro a cinco graus mais quente. Mas por que supor que o aumento será uniforme em todo o Ppaneta? Assisti em Hamburgo a uma conferência de um climatólogo britânico que falava sobre como a agricultura do mundo deve se adequar às mudanças climáticas que estão por vir. Em vez de se preocupar em mudar os métodos agrícolas para que eles não prejudiquem ainda mais o clima global, ele se preocupa apenas em adequar a agricultura a estas mudanças. E dizia até que elas não vão ser tão ruins, mostrando um mapa da Finlândia com dois riscos horizontais atravessando o país. Um, limitando a faixa até onde é possível plantar trigo hoje. Outro, 300 quilômetros mais ao norte, marcando até onde, segundo ele, será possível plantar este trigo quando o Planeta estiver mais quente. Não posso, de maneira alguma, aceitar este tipo de extrapolação linear. A natureza não se comporta assim, e temos bons exemplos disto.

Desde 1970 os climatólogos vêm advertindo sobre os riscos dos gases freón, dizendo que os mesmos estavam atacando a camada de ozônio. Calculavam o desgaste da mesma em 30% ou 40%, até o ano 2020. Só que previam uma diminuição gradual, lenta e uniforme sobre o Planeta inteiro. Na realidade o que aconteceu foi que se abriu um buraco na camada de ozônio em um lugar só, sobre a Antártida. Este tipo de efeito é totalmente imprevisível! Só se toma conhecimento dele quando acontece. Ninguém previu que se abriria um buraco na camada de ozônio, tanto que, quando ele foi detectado, os cientistas chegaram a pensar que se tratava de defeito na programação de seus computadores, e não de uma realidade concreta. Outro exemplo aconteceu na costa do Peru, uns dez anos atrás, liquidando com a indústria pesqueira do país. Aquela era uma das costas mais ricas em peixe do mundo. Nela batiam as águas frias da Corrente de Humbolt, que vem do Pólo Sul trazendo nutrientes minerais, que provocam a proliferação de plâncton que, por sua vez, resulta no aumento da população de peixes. De repente, uma corrente quente do Norte, e pobre em nutrientes, em vez de virar para oeste, como fazia sempre, seguiu para o sul e deslocou a Corrente de Humbolt uns 300 quilômetros para o sul. Ninguém sabe porque isto aconteceu, mas o fato é que os peixes sumiram, os pássaros que se slimentavam deles morreram, e a indústria pesqueira se foi. Tudo por conta de um fenômeno repentino e inesperado. Estas coisas são imprevisíveis, não acontecem lenta e previsivelmente, como querem os cálculos destes cientistas.

Vou dar um exemplo mais antigo. Na Sibéria e nos países escandinavos foram encontrados corpos inteiros, intactos, de mamutes congelados. O mamute era um parente próximo do elefante, duas vezes maior do que este, que vivia naquelas regiões. Como é que estes mamutes foram enterrados nestas enormes capas de gelo? Bichos daquele tamanho não comiam líquens como os que nascem em terrenos frios da Trunda. Precisavam de pelo menos meia tonelada de comida verde por dia. Como foram ficar congelados na neve? Só mesmo se tivessem sido surpreendidos por uma violenta e inesperada tempestade de neve que caiu sobre eles cobrindo-os, e ficando ali, na forma de gelo, por milhares e milhares de anos. Sabemos que as eras glaciais podem levar dezenas, ou até milhares de anos para acabar. Mas começaram de repente, de um dia para o outro, ou no curto espaço de alguns anos ou décadas. É isso que o pessoal não está se dando conta. Se olharmos de novo aquelas imagens de satélite, que mostram as correntes aéreas que saem da Amazônia e vão para o Sul e para o Norte, percebemos que, se elas desaparecerem, irá se iniciar uma nova Idade Glacial na Europa e talvez aqui, no Extremo Sul. Por isto não adianta dizer, como querem nossos governantes e principalmente nossos militares, que aquilo que fazemos na Amazônia não inteessa a ninguém, só a nós. Interessa, sim, e interessa a todo o mundo. A Amazônia não é só nossa. È do Planeta inteiro, um órgão vital do ser vivo chamado Gaia, que é a Terra. Não podemos continuar destruindo a Amazônia. É preciso parar. É preciso repensar conceitos. Mesmo porque, até sob um ponto de vista meramente econômico, aquilo é uma pilhagem. Os fazendeiros que estão lá ganham muito mais dinheiro com os subsídios do que com aquilo que plantam ou criam. Suas fazendas são 100% subsidiadas. O investimento feito é 100% dedutível do imposto e o sujeito ainda recebe dez anos de isenção fiscal total. Isto é corrupção, uma das causas desta inflação de 30% ao mês que estamos enfrentando. Mas se apenas os brasileiros pagam a conta da inflação, o mundo inteiro irá pagar pela destruição da floresta. Estamos destruindo a vida do Planeta para enriquecer meia dúzia de pessoas. O que está acontecendo na Amazônia é uma guerra. Uma guerra de pilhagem. Chico Mendes, como uma das pessoas que viviam integrads à floresta, lutou nesta guerra. Lutou contra a destruição. Foi um soldado da Vida. O mínimo que podemos fazer, em respeito à sua memória, é nos integrarmos todos à sua luta.

¹ http://pt.wikipedia.org/wiki/Chico_Mendes

Texto redigido por Ney Gastal a partir de entrevista com José Lutzenberger

publicada no Jornal RS em janeiro de 1989

Concurso Público para Estágio Curricular

Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo
Concurso Público para Estágio Curricular

Comunicamos que encontra-se publicado em nosso site, link http://www.esppconcursos.com.br/concurso/sabesp-0819/, as informações sobre o Concurso Público da COMPANHIA DE SANEAMENTO BÁSICO DO ESTADO DE SÃO PAULO - SABESP, destinado ao preenchimento de 1.052 vagas de Estágio Curricular.

Para inscrever-se, o candidato deverá atentar para os pré-requisitos exigidos no Capítulo 2 do Edital, DOS PRÉ-REQUISITOS, e optar em concorrer pelas vagas ofertadas entre uma das 97 Regionais de Classificação.

Período para inscrições: 20/11/2008 a 04/12/2008.
--
ESPP Empresa de Seleção Pública e Privada
concurso@esppconcursos.com.br
http://www.esppconcursos.com.br

Elisa Lucinda - Só de Sacanagem (Ana Carolina)



Meu coração está aos pulos! Quantas vezes minha esperança será posta a prova? Por quantas provas terá ela que passar?
Tudo isso que está aí no ar: malas, cuecas que voam entupidas de dinheiro. Do meu dinheiro, do nosso dinheiro que reservamos duramente pra educar os meninos mais pobres que nós, pra cuidar gratuitamente da saúde deles e dos seus pais. Esse dinheiro viaja na bagagem da impunidade e eu não posso mais. Quantas vezes, meu amigo, meu rapaz, minha confiança vai ser posta a prova? Quantas vezes minha esperança vai esperar no cais? É certo que tempos difíceis existem pra aperfeiçoar o aprendiz, mas não é certo que a mentira dos maus brasileiros venha quebrar no nosso nariz. Meu coração tá no escuro. A luz é simples, regada ao conselho simples de meu pai, minha mãe, minha avó e todos os justos que os precederam. 'Não roubarás!', 'Devolva o lápis do coleguinha', 'Esse apontador não é seu, minha filha'. Ao invés disso, tanta coisa nojenta e torpe tenho tido que escutar! Até habeas corpus preventiva, coisa da qual nunca tinha visto falar, sobre o qual minha pobre lógica ainda insiste: esse é o tipo de benefício que só ao culpado interessará! Pois bem, se mexeram comigo, com a velha e fiel fé do meu povo sofrido, então agora eu vou sacanear! Mais honesta ainda eu vou ficar! Só de sacanagem!
Dirão: 'Deixe de ser boba! Desde Cabral que aqui todo mundo rouba!
E eu vou dizer: 'Não importa! Será esse o meu carnaval! Vou confiar mais e outra vez. Eu, meu irmão, meu filho e meus amigos.'
Vamo pagar limpo a quem a gente deve e receber limpo do nosso freguês. Com o tempo, a gente consegue ser livre, ético e o escambal.
Dirão: 'É inútil! Todo mundo aqui é corrupto desde o primeiro homem que veio de Portugal!'
E eu direi: 'Não admito! Minha esperança é imortal, ouviram? Imortal!'
Sei que não dá pra mudar o começo, mas, se a gente quizer, vai dar pra mudar o final!

Consciência Negra?... Onde?

Quando os discípulos do reacionário Ali Kamel acreditaram que o brilho de suas assinaturas seria suficiente para barrar as ações afirmativas em benefício dos negros, lancei o artigo As Cotas Raciais e os 113 Tolos Pomposos ( http://celsolungaretti-orebate.blogspot.com/search/label/cotas%20raciais ), no qual os aconselhei a baixarem a bola, adotando uma postura menos beligerante:

"...para os seres humanos justos e solidários, pouco importa se os negros estão em desvantagem por causa da escravidão passada ou por encontrarem-se hoje sob o fogo cruzado do capitalismo e de um racismo dissimulado, mas não menos real. Merecem, sim, que os pratos da balança sejam reequilibrados em seu favor.

"Quanto à eficácia das políticas compensatórias, ela só poderá ser realmente aferida depois de um período razoável de implementação. Por que, afinal, abortarmos essa tentativa no nascedouro?"

Também destaquei o fato de que os 113 tolos pomposos trombeteavam um problema menor e esqueciam o pior de todos, incidindo naquele velho erro de fixarem-se numa única árvore (no caso, as cotas raciais) e ignorarem a floresta inteira (a mercantilização do ensino) por trás dela:

"...em meio às terríveis distorções que o ensino superior vem sofrendo em função de seu atrelamento aos interesses capitalistas – começando por sua ênfase na especialização castradora que forja meros profissionais, desprezando a formação crítica e universalizante que engendra verdadeiros cidadãos –, eles magnificaram um problema menor, em detrimento, exatamente, 'dos desafios imensos' que dizem existir".

Foram observações decorrentes apenas da visão geral que eu tenho da sociedade e das injustiças que o homem comete contra o homem. Não sou particularmente interessado nesse assunto nem nunca me dediquei a esmiuçá-lo em profundidade. Longe de mim a empáfia de me pretender experto na totalidade dos temas em destaque no noticiário.

Mas, a julgar pelo que Élio Gaspari escreveu na sua coluna de hoje (24/11), parece que andei certo (ou erramos os dois, avaliem e decidam vocês mesmos):

"No dia da Consciência Negra, as bancadas do governo e da oposição na Câmara dos Deputados aprovaram o projeto de lei que estabelece cotas sociais e raciais (...) para o preenchimento de vagas nas universidades públicas federais. O projeto foi mandado ao Senado.

"...Nada melhor do que o encaminhamento dessa questão na rotina das instituições republicanas. Quando a Casa Grande falava sozinha e a Senzala não votava, o Brasil tornou-se o último país livre das Américas a abolir a escravatura.

"As políticas de ação afirmativa foram condenadas porque acordariam o gênio do racismo. Não acordaram. (...) As cotas criariam constrangimentos, levando alunos negros mal preparados para os cursos universitários. Não criaram.

"...Entre 2001 e 2008, 52 mil vagas foram oferecidas em 48 escolas que adotaram políticas de ações afirmativas em benefício de alunos da rede pública, negros e índios. Passaram-se sete anos e até hoje não apareceu um só episódio ou estudo relevante capaz de desqualificar essas políticas."

O certo é que continuarei me guiando pelos meus princípios, amadurecidos em mais de quatro décadas de luta pela liberdade e justiça social. O que disse naquele artigo de seis meses atrás, repito agora, com orgulho:

"Entre os partidários da competição insensível entre seres humanos movidos pela ganância e os cidadãos decentes que procuram minorar as mazelas do capitalismo, eu me alinharei sempre com estes últimos. Mas, sem ilusões: as injustiças só serão realmente erradicadas quando o bem comum prevalecer sobre os interesses individuais, numa nova forma de organização social."

Fonte: http://naufrago-da-utopia.blogspot.com/

O Que a Mídia Não Mostra...

Itália: “Reforma” de Berlusconi/Gelmini é privatização do ensino público

Diversas reitorias estão ocupadas. Manifestações de rua são diárias. Greve Geral dia 30 de outubro paralisou o país.

Mais de um milhão de estudantes secundaristas, universitários, professores e trabalhadores em educação sacodem o país para derrotar a “reforma” do ensino aplicada pelo governo de Silvio Berlusconi. Dois decretos da “reforma” já foram aprovados na Câmara de deputados e no Senado (decreto 112 convertido em lei 133 e decreto-lei 137).


Em meio ao aprofundamento da crise financeira do sistema imperialista, as classes dominantes têm se preocupado em expedir medidas para salvar suas grandes empresas e bancos com dinheiro público, além de aprovar políticas para cortar direitos e diminuir gastos com o povo. É sob esta lógica que o governo italiano aprovou a “reforma” Gelmini (sobrenome da ministra da Educação) para desmontar o sistema público de ensino.

Em agosto foi aprovada a lei 133 cujo conteúdo diz respeito ao ensino superior. Entre as modificações danosas ao ensino público estão o corte de verbas, a transformação das Universidades Públicas em Fundações Privadas e a demissão de professores e funcionários.



O corte de verbas está programado da seguinte forma (em Euros): 456 milhões em 2009; 1,650 milhão em 2010; 2,538 milhões em 2011; 3,188 milhões em 2012. Como se vê, um corte drástico de recursos – que integrará o montante destinado a salvar os grandes capitalistas que se despedaçam em mais uma crise.

A transformação das Universidades Públicas em Fundações Privadas é a medida escancarada para acabar de vez com o compromisso do Estado na manutenção das Instituições e passar o ensino para as mãos do setor privado. É destruir o sistema nacional de ensino, custeado pelo Estado, e passar as Universidades para mãos de empresas que, sem nenhum compromisso com o desenvolvimento científico, colocarão a produção de conhecimentos a serviço dos seus lucros. Este é o ponto norteador da privatização do ensino superior.

A demissão do quadro docente e de técnicos-administrativos também é colossal: está previsto o fim de 86.000 postos de trabalho. Mais uma medida para conter gastos públicos – estes mesmos que, hoje, estão indo aos bilhões para grandes bancos em crise.

O decreto 137 foi aprovado no dia 29 de outubro no Senado em meio a intensas mobilizações em toda a Itália. Esta parte da “reforma” diz respeito ao ensino primário.

Um dos pontos mais polêmicos é o do “professor único” que determina um único professor para todas as disciplinas até a 5ª série (hoje são 3 professores, dividindo as disciplinas, para cada 2 turmas). O novo sistema começará já em 2009.

Outro ponto que precariza o ensino primário é a redução das horas de aula de 29-31 por semana para 24 horas. Além de prejudicar o ensino o governo criou outro problema: os pais, que obviamente não tiveram sua carga de trabalho diminuída, precisarão arranjar meios para ocupar seus filhos (ou pagar para que cuidem deles). Está claro que as famílias mais pobres serão as mais afetadas.

Também está definido grande corte de verbas do ensino público primário: para os próximos 4 anos serão 7,8 bilhões de euros que deixarão de ser destinados para a educação escolar. Além deste corte absurdo, o Estado demitirá 87 mil professores e 44 mil funcionários.

Este é o início do resultado de mais esta crise do sistema imperialista. Os países avançados e as classes dominantes farão de tudo para que os povos e nações oprimidas paguem por esta crise. Isto significa que os operários, camponeses, estudantes, professores, enfim, trabalhadores e trabalhadoras de todo o mundo, devem unir toda sua energia para não permitir mais exploração e fazer com que sejam os ricos que paguem por esta crise.

Milhões de desempregos, corte generalizado de direitos do povo, redução de gastos sociais... As classes dominantes farão de tudo para salvarem seus patrimônios e só o povo organizado pode deter esta ofensiva e empurrar para os grandes capitalistas a conta de sua própria crise.

A “reforma” do ensino na Itália já afirmou o fim da educação pública e gratuita e a demissão de milhares de trabalhadores. Este será o caminho adotado por todos os governos seja dos países imperialistas e, principalmente, das colônias e semicolônias - como o Brasil - para salvarem-se da crise.

Fonte: http://www.mepr.org.br/

terça-feira, 18 de novembro de 2008

Sobre La Costa del Silencio

¡Ven, quiero oír tu voz
Y si aún nos queda amor
Impidamos que esto muera!
¡Ven, pues en tu interior
Está la solución
De salvar lo bello que queda!

Bonito né?! E porque não atendemos esse pedido? Afinal, eles só querem a sua voz... não querem seu corpo, seu sangue nem o seu dinheiro!!

A parte que fala da dor escrita na areia me lembra quando você vai pra praia e tem aquelas manchas na areia devido ao excesso de poluição e outras coisas. E a parte da "gaivota suicida" os pássaros que devem sofrer muito com o calor lá de cima.

Não sei... musiquinha complicada essa! Acho que Mägo quis transmitir que a salvação da Terra depende de nós, e que não adianta ficar arrumando desculpas, tampando o Sol com a peneira e nem fica com a bunda na cadeira repetindo "Nossa! Isso tá cada vez pior". Tá na hora de fazermos um revolução, REVOLUÇÃO, não uma passeata ou sair por ai pedindo pro povo reciclar e não jogar lixo na rua! Tá... não é pra sair matando, mas pelo menos usar o real conceito de revolução!

"Hagamos una revolución
Que nuestro líder sea el Sol
Y nuestro ejército
Sean mariposas.

Por bandera otro amanecer
Y por conquista comprender
Que hay que cambiar
Las espadas por rosas.

Ah!, mientras te quede aliento
Ve a buscar con el viento
Ayuda, pues apenas queda tiempo...

¡Ven quiero oír tu voz
Y si aún nos queda amor,
Impidamos que esto muera!

¡Ven, quiero oír tu voz
Y si aún nos queda amor
Impidamos que esto muera!
¡Ven, pues en tu interior
Está la solución
De salvar lo bello que queda!"

Então vamos? A coisa das rosas ficou muito V for Vendetta mais quem liga? O importate é salvar Gaia... E se podem fazer uma revolução pra destrui-la, também podemos fazer uma pra salvá-la. E é melhor começarmos logo antes que o mundo acabe, ou a existencia humana se analizarmos bem.

quinta-feira, 6 de novembro de 2008

Indie 2008

Indie 2008 é a Mostra de Cinema Mundial que tá rolando em São Paulo e Belo Horizonte. Aqui em Sampa rola lá no CINESESC, de 6 a 12 de Novembro :D

Pra quem estiver interessado ->> http://www.zetafilmes.com.br/indie/port_sp/in.asp

Eu recomendo o filme How To Be (Como Ser) - 09/11 às 13:30

Ah, R$6,00 (inteira), R$3,00 (estudante e idoso)


Qualquer dúvida deixe de ser acomodado e olhe o site =*

Palavrão

PALAVRÃO

Quando se conheceram, sabiam que a vida sexual seria agitada...
Tornaram-se o casal mais libertino do país, mas eram de boa índole.
Com algum tempo de namoro, já se preocupavam com a monotonia e buscavam formas de motivar o relacionamento. Gostavam, por exemplo, de lugares públicos... A indiscrição era o melhor! E mesmo assim, uma hora se cansaram. Até que um dia, na cama...
“Tesão! Tive uma idéia realmente FO-GO-SA!”
Ela já se levantou toda interessada – “O quê? O quê?”
“Você sabe falar palavrão?”
“Sei, por quê?” – Respondeu ela, meio decepcionada.
“Quero transar falando palavrão.”
“Será que é legal?” – Questionou ainda um tanto descrente.
“Tenho certeza!” – Disse o rapaz com um olhar e um tom de voz que ela já conhecia de longa data e que a convenceu totalmente.
Ela se posicionou bem ao pé do ouvido e com uma sensualidade quase agressiva falou bem baixinho:
“Filho da puta!!!”
Adoraram a idéia e desfiaram os insultos mais baixos que lembraram, enquanto tiravam as roupas.
“Vadia!!!” – “Desgraçado!!!” – “Vagabunda!!!” – “Safado!!!” – “Piranha!!!” – “Viado!!!”
“O quê!?” – Perguntou o rapaz, indignado – “Pô... viado não, né!?”
“Ué, você me chamou de puta!”
“Mas é diferente...”
“O lance não é só ofender?”
“É... sei lá... É meio broxante mexer com a minha virilidade, você não acha?”
Excitada demais para discutir a questão, resolveu dar o braço a torcer.
“Tá bom. Mas vem cá... vem... seu PUTO!!!”
“Ele adorou e continuaram dali mesmo”.
“Ordinária!!!” – “Sem-vergonha!!!” – “Safada!!!” – “Bastardo!!!” – “Vagabunda!!!” – “Cuzão!!!”
“O QUÊ!?”...

Roberto Bibancos Jr.

quarta-feira, 5 de novembro de 2008

5 de Novembro

"Remember, remember, the 5th of November
The gunpowder, treason and plot;
I know of no reason, why the gunpowder treason
Should ever be forgot."
uma música que também fala sobre da morte.. muito boa ! Inclusive Talaio, se toparem queria tocar ela depois XD ...



Sá e Guarabira - Jesus Numa Moto

Preso nessa cela
De ossos, carne e sangue
Dando ordens a quem não sabe
Obedecendo a quem tem

Só espero a hora
Nem que o mundo estanque
Prá me aproveitar do conforto
De não ser mais ninguém

Eu vou virar a própria mesa
Quero uivar numa nova alcatéia
Vou meter um "Marlon Brando" nas idéias
E sair por aí

Prá ser Jesus numa moto
Che Guevara dos acostamentos
Bob Dylan numa antiga foto
Classius Clay antes dos tramentos
John Lennon de outras estradas
Easy Rider, dúvida e eclipse
São Tomé das letras apagadas
E Arcanjo Gabriel sem apocalipse

Nada no passado
Tudo no futuro
Espalhando o que já está morto
Pro que é vivo crescer

Sob a luz da lua
Mesmo com sol claro
Não importa o preço que eu pague
O meu negócio é viver

Sob a luz da lua...
Mesmo com sol claro...
Preso nesta cela...

terça-feira, 4 de novembro de 2008

Sobre La Costa Del Silencio

Aew! Chegou na música que mais gosto do álbum. E vamos a mais uma dissecação.
Há tempos a natureza vem chiado, dando sinais de insatisfação e gritando por ajuda. O planeta terra está acima de sua capacidade populacional e principalmente gastando mais e de forma descontrolada os recursos naturais que já estão escassos.
Essa primeira estrofe me fez lembrar do tsunami que ocorreu no Oceando Índico em 2004¹, onde literalmente o mar cuspiu um lamento e a costa toda morreu. Além desse evidente sinal de que as coisas não vão bem, apesar de não poder descartar a possibilidade de ser apenas mais um dos eventos naturais e aleatórios que acontecem no nosso planeta, outras catástrofes vêm acontecendo como o furacão Katrina² ou para poder descastar a possibilidade de ser apenas um evento natural à Terra temos diversos vazamentos de petróleo espalhados pelo globo que impossibilitam a vida nos locais tornando as águas do mar negras³ fora outros erros que a humanidade vêm cometendo e prejudicando nosso lar. A corrida pelo Ouro negro está mais agitada do que nunca, pois quando esperava-se que suas reservas estavam no final mais e mais jazidas e poços vão sendo encontrados, o que dificulta ainda mais a intervenção de energias renováveis na nossa cultura.
Mas estamos aí, se nos resta amor, vamos gritar! Não esperemos um salvador, um herói ou alguém nos traga a verdade, a verdade está aí, a natureza se esvai, mas ainda há beleza no amor e na natureza que possamos salvar. Como já dissemos aqui algumas trezentas vezes, mas não custa frisar novamente com uma frase do grande baixista Victor Wooten, Hero: "Todo mundo espera por um herói, quando o herói está em todos nós." Isso traduz muito bem algo que estamos acustamos a ouvir, e podemos até linkar com a música do Genesis postada recentemente. Muitos saem às ruas, vão à TV, abrem trezentas instituições religiosas diferentes pregando a volta de Jesus, se ocupam tanto com isso que esquecem do potencial que eles próprios tem de mudar as coisas, e acabam não fazendo nada esperando por alguém que faça por eles. A solução de salvar a beleza que ainda há está em nossos interiores.
Poucos vêm concentrando incontáveis fortunas enquanto muitos passam necessidade e os poucos não se importam pois a ambição pelo poder fala mais alto do que a sensibilidade e a razão. Então façamos uma revolução que nosso líder seja o Sol, pois ele tudo vê e sempre está a iluminar nossas vidas, seja diretamente ou atrvés de nossa amiga Lua e que nosso exército sejam mariposas, borboletas e gaivotas, que pela liberdade gritam sob o sol, que nossa pátria seja o universo e nossa família a humanidade e todos os terráqueos que dividem o planeta conosco, sejam animais ou plantas e que nossas armas sejam rosas, que nos joguem pro alto e nos atirem no peito, mas que não nos retiremos da luta! Que a costa não silencie para que possamos sempre ouvir os chamados do vento e os cantos do mar, que salvemos a beleza que ainda há!

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¹ http://pt.wikipedia.org/wiki/Terremoto_do_%C3%8Dndico_de_2004
² http://pt.wikipedia.org/wiki/Furac%C3%A3o_Katrina
³ http://letras.terra.com.br/lenine/1338098/

sábado, 1 de novembro de 2008

Mägo de Oz - La Costa Del Silencio

El mar escupía un lamento
Tan tenue que nadie lo oyó
Un dolor de tan adentro
Que toda una costa murió.

Llora lamentos la nube que enfermó
Y escribe espantos en la arena el dolor
Arrulla el miedo a un delfín que bebió
Entre un agua negra, su suerte emigró.

¡Ven, quiero oír tu voz
Y si aún nos queda amor
Impidamos que esto muera!
¡Ven, pues en tu interior
Está la solución
De salvar lo bello que queda!

¡Aaaaaaaaaah!

Donde se acomoda la usura
Nacen la ambición y el poder
Y éste germina en la tierra
Que agoniza por interés.

Y una gaviota cuentan que decidió
En acto suicida inmolarse en el Sol
Ríe desprecios un barco que encalló
Y se desangra en su lecho: ¡la mar!

¡Ven!, quiero oír tu voz
Y si aún nos queda amor
Impidamos que esto muera
¡Ven! pues en tu interior
Está la solución
De salvar lo bello que queda.

¡Aaaaaaaaaah!

Hagamos una revolución
Que nuestro líder sea el Sol
Y nuestro ejército
Sean mariposas.

(Por bandera otro amanecer
Y por conquista comprender
Que hay que cambiar
Las espadas por rosas.

[¡Ah!, mientras te quede aliento
Ve a buscar con el viento
Ayuda, pues apenas queda tiempo...

{¡Ven quiero oír tu voz
Y si aún nos queda amor,
Impidamos que esto muera!}])

¡Ven, quiero oír tu voz
Y si aún nos queda amor
Impidamos que esto muera!
¡Ven, pues en tu interior
Está la solución
De salvar lo bello que queda!

¡Ven, quiero oír tu voz
Y si aún nos queda amor
Impidamos que esto muera!
¡Ven, pues en tu interior
Está la solución
De salvar lo bello que queda!

¡Aaaaaaaaaah!

¡Quiero oir tu voz!


[TRADUÇÃO]

O mar cuspia um lamento
Tão tênue que ninguém ouvia-o
Era uma dor tão profunda
Que toda a costa morreu

Chora lamentos a nuvem que adoeceu
E a dor escreve espantos na areia
Canta para dormir o medo a um golfinho que bebeu
De uma água negra, sua sorte se foi

Venha, quero ouvir sua voz
E, se ainda nos restar o amor,
Impeçamos que ele morra!
Venha, pois em seu interior
Está a solução
De salvar a beleza que ainda há!

Aonde se acomoda a usura
Nascem a ambição e o poder
E isso germina na terra
Que agoniza pelo interesse

E uma gaivota, contam, que decidiu
Num ato suicida sacrificar-se no sol
Ri desprezos um barco que encalhou
E sangra em sua cama: o mar!

Venha, quero ouvir sua voz
E, se ainda nos restar o amor,
Impeçamos que ele morra!
Venha, pois em seu interior
Está a solução
De salvar a beleza que ainda há!

Façamos uma revolução
Que nosso líder seja o sol
E nosso exército
Sejam mariposas

Como bandeira, um novo amanhecer
E, como conquista, compreender
Que temos que trocar
As espadas por rosas

Enquanto lhe restar fôlego
Olhe para procurar com o vento
Ajuda, pois apenas fica o tempo...

Venha, quero ouvir sua voz
E, se ainda nos restar o amor,
Impeçamos que ele morra!
Venha, pois em seu interior
Está a solução
De salvar a beleza que ainda há!

Aaaaaaaaaah

Quero ouvir sua voz!
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